Cannabis, as incríveis plantas da família Cannabaceae
Além do uso recreativo da maconha, que proporciona efeitos estimulantes (C. sativa), relaxantes (C. índica), e alucinógenos, esta planta também é utilizada na industria têxtil e na produção de papel em países onde seu plantio é legal. Uma variação de Cannabis sativa que possui apenas 1% de Tetra-hidro-canabinol (THC), composto responsável pelas alterações corporais que proporcionam as sensações citadas acima, é bastante utilizada na produção de fibras. Conhecida como Cânhamo, a variante Cannabis ruderalis tem diversas funcionalidades na indústria, e por isso é conhecida também como maconha industrial.
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| Fibra do caule de cânhamo |
A frança é hoje a maior produtora mundial de cânhamo,seguida da China. Os produtos gerados por essa planta são muitos e podem ser aplicados na indústria automobilística e aeronáutica utilizando o plástico de cânhamo na produção de painéis; na indústria cosmética, através da produção de óleo de cânhamo; na indústria alimentícia, na produção de farinha de cânhamo e derivados dela; na produção de biocombustível; na produção de papel; além da muito antiga e popular produção de fibras. Segundo Jaic (1980) as telas de pintura mais utilizadas na França até meados do século XIX eram feitas de fibra de cânhamo.
CURIOSIDADE: A palavra CANHAMO é um anagrama de MACONHA ;)
Além disso, as espécies Cannabis índica e sativa vem sendo muito estudadas e utilizadas para o tratamento de diversas doenças. Em 2017, a ANVISA incluiu a Cannabis sativa no rol de plantas medicinais e, anteriormente, no mesmo ano, aprovou o registro do 1º remédio a base de maconha no país, porém, as qualidades farmacêuticas da maconha não foram descobertas na atualidade. Gontiés (2003) nos lembra que desde os anos 1000 a.C., o cânhamo era utilizado na Índia "para constipação intestinal, falta de concentração, malária até para
doenças ginecológicas" (p. 52). Também, a Nova Enciclopédia Barsa (1997): “há mais de dois mil anos os chineses usavam a
maconha como anestésico em cirurgias, prática repetida no Renascimento por alguns cirurgiões
europeus” (p.179). Atualmente, diversas pesquisas tem sido desenvolvidas explorando o uso medicinal da maconha, seja como antipsicótico, ansiolítico, antidepressivo; no tratamento contra epilepsia, dor crônica, bem como no tratamento de glaucoma, esclerose múltipla, Parkinson, Alzheimer, entre outras doenças.


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